Estou em casa. Mais do que isso, me sinto em casa. Estranhamente confortável em um ambiente do qual eu fugi. Claramente aliviada por ter retornado a um lar que abandonei. Um lar onde chorei a dor de um casamento desfeito. Um canto de angústia onde vivi cercada de dúvidas, emoções, amarguras e decepções. Estou serena. Estranhamente serena diante do fato de que esse lar já não é mais meu. Claramente convicta de que as escolhas feitas agora me farão chorar depois. Prefiro acreditar que desconheço o desfecho desta estória. Prefiro crer, ao final, que eu esperava algo mais da vida. Estou morrendo. Estranhamente sem dor e sem medo, sem vontade de me debater. Claramente consciente de que a agonia será lenta e de que a morte é certa. Resta a espera. Apenas.
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