O post que começa aqui vai ser dividido em 2 partes. É um texto que aborda os assuntos que uma consultoria de imagem trabalha. Ele sintetiza os pontos fortes de um trabalho de consultoria e ressalta a importância de cada etapa.
Começo por abordar a IMAGEM, que é o ponto chave do processo. A partir daí, surgem elementos que compõem e complementam a identidade visual. Cada um deles tem seu papel e sua devida importância nesse processo identitário e merece igual atenção por parte do consultor e do cliente.
IMAGEM é um assunto que interessa a todos os que se preocupam com o que vêem em si mesmo, nos outros e no mundo. Imagem tem a ver com vestuário, comportamento e atitude.
O vestuário fala por si só, transmite códigos e significados e informa algo sobre quem o usa. Ele é um instrumento de comunicação que o corpo codifica. O comportamento é a alma do indivíduo, é o que mostra de onde ele vem, como foi criado, o que fez e adquiriu ao longo da vida, como recebeu as experiências vividas. A atitude é o gesto, a forma prática de executar um comportamento, a síntese do estilo. Esses três aspectos, juntos, comunicam a arte pessoal ao público.
Na imagem, levamos em consideração o que vemos em nós mesmos, o que os outros vêem em nós, o que nossa roupa comunica e como as cores que usamos nos revelam para os outros. CORES têm um significado especial porque alegram ou entristecem uma imagem, atraem ou repelem, acendem ou apagam. Sem as cores não há o brilho, o destaque, a atenção. Sem as cores não há a construção da representação pessoal.
As cores deve ser usadas com critério e inteligência. Ao trabalhar com a paleta de cores, a consultoria de imagem leva para a imagem pessoal toda a linguagem visual correta que o indivíduo deve “praticar”. Ao usar as cores acertadas para seu tom e subtom de pele, a pessoa se destaca, se apresenta, se impõe e diz a verdade sobre si. Podemos dizer que a imagem se materializa verdadeiramente quando as cores adequadas são colocadas em contraste, porque a cor tem um significado psicológico que estimula e traduz sentimentos e decisões.
A partir dessas preocupações imagéticas, chegamos à MODA, que é a manifestação cultural do vestir. A moda é uma coisa passageira, que lança tendências, estimula um mercado milionário, movimenta o mundo e afeta a todos, direta ou indiretamente. Todos consumimos moda, e a forma como as peças são idealizadas e produzidas levam em conta a cultura e o perfil de um povo.
A indústria de moda engloba várias atividades econômicas e está diretamente ligada ao perfil social, econômico e psicológico de uma sociedade. O Brasil tem ascendido neste setor, revelando profissionais que produzem moda bem conceituada e original, ligada às últimas revelações mundiais.
Se analisarmos a história da moda, vemos que tudo o que se lança no mercado hoje é uma releitura de alguma obra do passado. Entre as vestes gregas e romanas, as estampas, as formas geométricas, o movimento hippie, os celtas, há sempre um elemento referente ao passado no conceito de uma coleção. A clássica frase “a moda vai e vem” fica cada dia mais adequada à nossa realidade e, hoje, comprar uma peça é um grande investimento, uma vez que seu conceito estará, provavelmente, de volta às passarelas e às coleções.
Uma coisa, porém, é certa: “a moda passa, o ESTILO fica”. Essa frase, célebre, de Coco Chanel, diz tudo o que uma pessoa precisa saber sobre moda. Sem se prender a comportamentos fashionistas, a imagem com estilo definido e adequado, obviamente, transmite exatamente o que se espera para o sucesso pessoal e profissional. Ao investigar o estilo que mais lhe condiz, a pessoa passa a dizer, através da sua imagem, tudo o que se deve saber sobre ela: suas características marcantes, seu comportamento, seu jeito de ser, seus códigos internos.
Cada estilo tem uma palavra-chave: o estilo CLÁSSICO é a discrição, o ESPORTIVO/CASUAL é a praticidade, o DRAMÁTICO é a originalidade, o ROMÂNTICO é a feminilidade, o SOFISTICADO é o requinte. Outras palavras, obviamente, são associadas a esses estilos, mas se quisermos resumir cada um deles podemos fazer essa leitura principal. Estilos podem ser únicos ou combinados, acentuados ou apenas levemente mencionados na roupa. Ele predomina em todos os momentos da vida do indivíduo, com peças adequadas a cada gênero (ESPORTIVO, ESPORTE FINO, RIGOR).
A ausência de estilo, na minha opinião, é a ausência de identidade. É a dificuldade de se posicionar e dizer “quem sou eu” no dia a dia e nos espaços que frequento e em que atuo. A falta de estilo se traduz em excessos ou faltas, em desacordos e desarmonias, em choques e desalinhos.
Descobrir o estilo próprio não se faz da noite para o dia. É necessário uma reflexão sobre quem você é, o que gosta, o que mais usa, o que se adequa ao seu corpo e o que deseja transmitir ao outro. Quem não faz isso sozinho pode contar com a ajuda de profissionais (os Consultores de Imagem ou Personal Stylists), que orientam o indivíduo em suas descobertas sobre si mesmo (e isso inclui cores, gêneros e atitudes).
Continua.
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